domingo, 21 de fevereiro de 2010

Em caso de amor, pense menos!

Na minha primeira postagem eu apresentei um convite ao pensamento. Hoje estou buscando uma reformulação à esta atividade.
Algumas vezes seria melhor não pensar. Como se fosse possível fugir daquilo que está pulsando na nossa mente.
Por exemplo, o amor, e assim espero que você, leitor me compreenda. Esse sentimento toma boa parte dos nossos pensamentos. Tem uma capacidade enorme de modificar nossas ações, expectativas e convicções. Mas, ás vezes, seria melhor não pensar tanto.
Hoje, não pude deixar de interferir numa dessas questões de amor. Afinal, não sou romântica a ponto de acreditar num amor que seja masoquista, nem posso deixar de exprimir minha opinião quando alguém está se anulando em benefício de outro. Mas aí você vai perguntar: o que eu tenho com isso? Eu tenho AMOR.
O mesmo amor que oprime, também é aquele que cuida.
Somos ingênuos ao crer num amor perfeito. Sou cética, sim. Porque não posso acreditar em contos de fadas. A realidade é bem diferente do que se pinta em "O mundo mágico de Walt Disney".
As nossas relações não são construídas por nós, apenas. Somos nós e o outro. Isso implica em diferenças, divergências e preferências. Nem todos estão prontos para o árduo trabalho de ceder. Em parte exigimos a nossa vontade e em parte cedemos à vontade do outro. E assim nos construímos no mundo.
É aquela velha história: "no início, tudo são flores", porém no início não sabemos direito quem somos naquela relação, como poderemos saber quem é o outro? O outro ainda é o nosso estranho. Quando tudo fica descortinado, passamos a entender que toda estrada tem pedras e que toda flor tem espinhos.
O pensamento é a nossa primeira arma para simbolizar o que nos é confuso. Mas a linha entre o amor e a dor é tão tênue, que nesse caso único somos frágeis demais para confiar em nossos pensamentos. Não sugiro que não pensemos, proponho que pensemos com qualidade.
Esquecendo um pouco a dor, filtrando as imagens, tomando certa distância, a fim de sair do olho do furacão e enfim, respirar ar puro.
Permitir que todos os nossos sentimentos permaneçam misturados é demasiado cruel. Sofremos com aquilo que não é exato, principalmente se formos exatos demais. Nosso corpo sofre com a bagunça que se tornou a nossa mente. Tendemos a ter náuseas, desmaios, nossos braços e pernas paralisam e então, quase sucumbindo, acordamos, querendo não acordar.
Colocar um fim numa relação não é nada fácil, mas de fato é melhor do que anular a si mesmo. A dor nesse caso é passageira e mais suave, pois não tem mágoa. Libertam-se todos os medos e males, certos de que voaremos em lugares mais altos até encontrar outro amor, para o qual estaremos mais preparados.

5 comentários:

  1. "Mas, ás vezes, seria melhor não pensar tanto."
    "Nosso corpo sofre com a bagunça que se tornou a nossa mente."
    hahahha...realmente foi escrito para mim!

    AMU VC*

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  2. Não tenho experiência nisso não,mas penso que de alguma forma isso deve ser bom. Conhecer o desconhecido de uma pessoa, conversas,segredos, sensações, devem definitivamente mexer conosco ;)

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  3. Cada dia mais vc me surpreende..
    Vc deveria escrever uma autobiografia, é incrivel sua capacidade de criar textos apartir de apenas uma palavra, uma ação, ou mesmo um sentimento!Faço minha as palavras de um velho amigo : -Não há ninguém, mesmo sem cultura, que não se torne poeta quando o Amor toma conta dele.Platão

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  4. Eii Maya,não sabia que você estava tão especializada nesse assunto, boa terapia de casal hein...
    Mais realmente vc surpreende², bom adorei esse espacinho reservado para os seus pensamentos,legal é que podemos compartilhar e pensar juntas... Agora sobre o amor...

    "O amor é sinônimo de ódio!" Hahahaha, ou vice-versa, assim diz a teoria psicanalítica...
    "Falou a voz de Freud!"
    BjxoÖ's Gisa!!!

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  5. Por mais que não queira acreditar neste mundo mágico de Walt Disney, muitas vezes sou surpreendida com pensamentos e sonhos com o príncipe encantado. Por mais que relute, lá dentro no fundinho aposto que todas nós sonhamos. Parabéns pela iniciativa do blog, até me incentivou.. Qualquer novidade te falo. Bjusss voadores

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