segunda-feira, 25 de abril de 2011

A Bailarina


Esta menina, tão pequenina, quer ser bailarina, mas também quer construir ponte. Espera aí! Bailarina não faz ponte. Ela faz é pliê. E na escola de ballet não ensinam a resistência dos materiais, nem se aprende a função prumo. Ou se aprende?
Bailarinas têm asas, que as fazem voar como pássaros. São anjos, semideusas. Belas meninas escondidas em seus “tutus”. Sustentadas por suas sapatilhas, que ora machucam, ora dão o equilíbrio para o seu salto. E o que faz uma bailarina deixar o seu coque e colocar um capacete branco? Para onde vai toda a leveza da sua dança-arte?
A beleza e a leveza não estão naquilo que vemos, mas naquilo que sentimos. Um sonho se constrói tijolo a tijolo, ensaio a ensaio, e às vezes nos cansamos ao longo do caminho. O alongamento é exaustivo e a jornada de 5 anos de estudos também tem seus desafios. Uma prova de cálculo numérico, os diversos nomes de cimento que se precisa decorar e todo o arsenal de réguas, compassos e esquadros.
Não importa se você voa num estúdio de ballet ou se constrói abrigos para humanos. Nos dois momentos o que existe é a continuidade de sonhos. Um de não perder a liberdade nos seus voos e encantos, enquanto o outro é de ver famílias inteiras construindo o que chamam de LAR.

Nenhum comentário:

Postar um comentário