quarta-feira, 6 de abril de 2011

Não TOC, posso me ESTRESSAR!

Saúde à todos.


Pensei em escrever um artigo informativo, mas que não fosse tão cansativo, como esses tratados psicológicos, mas pouco claros, com os quais nos deparamos em situações do dia-a-dia.


Quero falar de duas síndromes, ou como devem ser nomeadas atualmente – Transtorno Obsessivo-Compulsivo e Transtorno do Estresse pós-traumático.


Antes de abordar os dois temas, vejo que é importante retomar que “aquilo que não conhecemos, não nos pertence.” (Goethe). E é nesse não pertencimento que enquadramos a maioria das doenças “esquisitas” do psiquismo humano. Essa separação entre ser normal e ser anormal é a briga milenar entre filósofos, médicos, psicólogos, religiosos e a humanidade. Contudo, o que mais atemoriza todas as pessoas é o desconhecimento dos processos de uma mente em intenso sofrimento psicológico. É justamente o medo daquilo que não somos capazes de conhecer, ou compreender que nos afasta de ser um AJUDA-DOR.


O Transtorno Obsessivo-Compulsivo ou TOC, caracteriza-se por obsessões ou compulsões recorrentes, suficientemente graves para consumirem tempo, ou causarem sofrimento acentuado ou prejuízo significativo.


Mas o que seriam as obsessões? São ideias, pensamentos, impulsos ou imagens persistentes, que são vivenciados como intrusivos e inadequados e causam acentuada ansiedade ou sofrimento.


É comum que as obsessões sejam com pensamentos repetidos sobre contaminação, dúvidas repetidas, necessidade de organizar as coisas em determinada ordem, impulsos agressivos ou horrorizantes e imagens sexuais. É importante lembrar que não são meras preocupações cotidianas.


As compulsões são comportamentos repetitivos (lavar as mãos, verificar, ordenar) ou atos mentais (orar, contar, repetir palavras em silêncio) cujo objetivo é prevenir ou reduzir a ansiedade ou sofrimento, em vez de oferecer prazer e gratificação.


Transições vitais e o luto são fatores importantes que devem ser levados em consideração, pois podem intensificar um comportamento ritualístico.


Existem vários filmes que retratam este tema, porém recentemente assisti a um e recomendo. “A menina no país das maravilhas” conta a história de uma garota com TOC, a negação da doença por parte da família, o sofrimento da criança e seus rituais. É uma boa opção para conhecer um pouco mais o assunto.


O segundo tópico que quero levantar para o nosso conhecimento é o Transtorno do Estresse Pós-traumático. Delimitado pelo aparecimento de sintomas característicos após exposição a um evento estressor traumático extremo, em que a pessoa foi envolvida diretamente, vivenciando a experiência real ou ameaçadora de morte, ferimento contra a própria vida, testemunhado uma morte ou sofrimento de outra pessoa próxima ou da família.


A resposta a isso é intenso medo, impotência ou horror. As pessoas podem reviver a experiência traumática várias vezes durante o dia. São recordações aflitivas, recorrentes e intrusivas. Sonhos aflitivos e agir ou sentir que a qualquer momento o estressor traumático pode ocorrer de novo.


De fato há um sofrimento psíquico intenso quando próximo a objetos, ou lugares que lembre um aspecto da experiência do trauma. E o corpo passa a reagir fisiologicamente a isso, com dificuldade de ter e manter o sono, irritabilidade ou surtos de raiva, dificuldade em concentrar-se, hipervigilância (atenção acentuada em todas as direções), resposta sobressaltada e exagerada. O sofrimento abala o funcionamento social ou ocupacional do indivíduo.


O TEPT apresenta algumas característica mais comuns, como: esforço par evitar pensamentos ou conversas sobre o trauma; evitar os locais, pessoas que revivam o trauma; esquecimento de alguma parte do evento; perda de interesse em atividade significativas da vida; sensação de distanciamento das pessoas; incapacidade de ter sentimentos de carinho pelas pessoas e o sentimento de futuro abreviado. Para essas pessoas pode só existir o agora, o futuro não acontecerá.


Busquei ser obejtiva e clara, porém os temas são demais complexos e pasmem, acomentem muitas pessoas nos dias atuais.


E talvez você seja da categoria dos mais céticos e me pergunte porque ler um texto sobre isso? A resposta é mais simples. Não sejamos ignorantes sobre qualquer assunto que seja. O conhecimento não nos deixa perecer. Retenha apenas o que for bom.

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